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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O tormento do poeta

Que aflição, parece que vou me desfazer em dor e arrependimento, não consigo me concentrar em absolutamente nada, no trabalho, em casa, não consigo ler, nem pensar é como se um grande pedaço de mim tivesse sido levado à força e o que restou apenas fosse uma massa inerte sem vida! Nada me traz alívio nem as canções nem o sorriso, nem a companhia dos amigos!

É estranho mas não é insuportável, é como se derepente todos os meus planos e sonhos não representassem coisa alguma e tudo aquilo que desejo que almejo e que possuo fosse irrelevante e sem graça!

Uma angústia constante dentro de mim, me assusta em cada movimento do mundo ao meu redor, tudo o que faço e chamar seu nome em pensamentos e ter que sufocar o grito que me sobe a garganta a todo instante! Céus!

Deus, livrai-me de todo o mal! Eu peço mas não sou atendido, não sou digno eu sei, não sou hipócrita, não importa nenhuma dor pode durar para sempre!

Acendo um cigarro, à noite desce vagarosa e lenta, observo as luzes da cidade! É linda! Faço um outro Whisky, meu gelo acabou, aonde está o horizonte que tanto amo? Sequer a luz pálida da lua me traz consolo!

Compadeço agora do mau dos poetas? Quisera eu então morrer como o jovem Manuel Antônio, em sua juventude e em seus delírios sem ao menos conhecer os grilhões do amor!

Como era mesmo o verso?

"...Que me resta, meu Deus?
Morra comigo a estrela de meus cândidos amores
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!..."

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