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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ser feliz - Plágio entre aspas

Conseguir aquilo que se deseja e ser feliz são coisas completamente diferentes.

Por isso eu "penso infinitamente sem parar" desculpando-me pelo pleonasmo, tão valioso e tão criticado pelos pseudofilósofos de nossa estimada Língua Portuguesa, então utilizar-me-ei de um pseudocódigo para exortar-vos à perdoa-lôs pela infâmia diária da construção poética, pois essa última sublima de tal forma a água, que certamente o ar, haverá de perdoar-nos, por transpor os umbrais da semântica!

Programa Ser_Feliz

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Ter_Tudo_Que_Se_Deseja, Ter_Quem_Se_Deseja, Ter_Quem_Te_Faz_Feliz, O_Que_Te_Faz_Feliz_De_Fato : Alfanumérico

Início

Limpe a tela do monitor

Escreva ('Informe o que você mais deseja na vida, para ser feliz?');
Leia(Ter_Tudo_Que_Se_Deseja);

Escreva('Informe quem você deseja ter para ser feliz?');
Leia(Ter_Quem_Se_Deseja);

Escreva('Informe O que te faz feliz de verdade?');
Leia(O_Que_Te_Faz_Feliz_De_Fato);

Se (Ter_Tudo_Que_Se_Deseja)  < (Ter_Quem_Se_Deseja) e (Ter_Quem_Se_Deseja) > (O_Que_Te_Faz_Feliz_De_Fato) então faça

        Enquanto

        Se (Ter_Quem_Se_Deseja) <> (Quem_Te_Faz_Feliz_De_Fato) faça
        Início
        Escreva('Você está no caminho errado para ser feliz');
        Até que (Ter_Quem_Se_Deseja) = (Quem_Te_Faz_Feliz_De_Fato) e (Quem_Te_Faz_Feliz_De_Fato) = (O_Que_Te_Faz_Feliz_De_Fato)
        Fim;
Fim.

Poesia é isso, simples assim...

Nos anos 80 e 90, nos quais fui criança e adolescente havia música e havia poesia, e também havia arte e também havia almas, as quais conseguiam reuniar os principais traços de tudo aquilo o que eu mais amava em um único elemento!

Essa canção é um ótimo exemplo, de sabedoria, política, religiosa, bom senso e amor! Reuni poesia e música, sentimentos, emoções e revolta! É a voz de toda uma geração descontente com seu sistema político, com o descaso da população com o que é de merecido valor, com as emoções pobres que cultivamos, com as distrações e "prazeres" com os quais o sistema nos procura catequizar para sejamos "bons cidadões", boas ovelhas, massa de manobra, satisfeita e conformada com os absurdos que são notícias diárias!

Hoje em dia, sinceramente, às vezes temos música e às vezes temos poesia! Saudosista sim, talvez, mas não equivocado quando digo que se compararmos essa obra de arte literária com, Fiuks e Restarts...

Perfeição

Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão

Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Remorso

Às vezes uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando,
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!

Olavo Bilac

Desabafo

Talvez por isso eu ame tanto a música! De todas as expressões da arte, a música é a que mais me encanta não obstante a menção dos sentimentos e emoções, existem vezes em que eu não preciso pensar para escrever absolutamente nada, sempre existe uma canção que seja capaz de traduzir o que sinto!

Essa fala de mim, de como às vezes me sinto por você, do que temo e até mesmo do que sou incapaz de enfrentar, talvez mais por receio da frustração do que por medo de fracassar, talvez por medo de sofrer, te fazendo sofrer...

Amores imperfeitos

Skank
Composição: Samuel Rosa - Chico Amaral

Não precisa me lembrar
Não vou fugir de nada
Sinto muito se não fui feito um sonho seu
Mas sempre fica alguma coisa
Alguma roupa pra buscar
Eu posso afastar a mesa
Quando você precisar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Eu não quero ver você
Passar a noite em claro
Sinto muito se não fui seu mais raro amor
E quando o dia terminar
E quando o sol se inclinar
Eu posso por uma toalha
E te servir o jantar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Mentira se eu disser
Que não penso mais em você
E quantas páginas o amor já mereceu
Os filósofos não dizem nada
Que eu não possa dizer

Quantos versos sobre nós eu já guardei
Deixa a luz daquela sala acesa
E me peça pra voltar

Não precisa me lembrar
Não vou fugir de nada
Sinto muito se não fui feito um sonho seu

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Mentira se eu disser
Que não penso mais em você
E quantas páginas o amor já mereceu
Os filósofos não dizem nada
Que eu não possa dizer
Quantos versos sobre nós eu já guardei
Deixa a luz daquela sala acesa
E me peça pra voltar

É claro que ao sentir, avanço no tempo em um possível futuro, tão bom como tantos outros, ou apenas retiro parte da canção para se adaptar ao que sinto, sempre se faz necessário um complemento, mas meus sentimentos são um turbilhão de fragmentos de emoções, que por vezes me confudem, meu paradoxo é nunca ter certeza e ter sempre que arriscar sem meditação prévia, pois o tempo é meu tesouro mais precioso! Portanto, essa também fala de minha outra face a que ainda insiste e insiste e insiste e acredita e sofre e também diz muito sobre você e também sobre tudo aquilo que não foi, não é, e talvez nunca será, mas que poderia ter sido...
 
Wonderwall

Oasis
Composição: Noel Gallagher

Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now

Backbeat, the word was on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now

And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how

Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall

Today was gonna be the day
But they'll never throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you're not to do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now

And all the roads that lead you there were winding
And all the lights that light the way are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how

I said maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall

I said maybe
You're gonna be the one that saves me

E ao final de mais um episódio desta epopéia Sumeriana, eu concluo nada mais nada menos que...

No More "I Love You's"
Annie Lennox

Do be do be do do do oh
Do be do be do do do oh

I used to be lunatic from the gracious days
I used to be woebegone and so restless nights
My aching heart would bleed for you to see
Oh but now...
(I don't find myself bouncing home
whistling buttonhole tunes to make me cry)

No more "I love you's"
The language is leaving me
No more "I love you's"
Changes are shifting outside the word

(The lover speaks about the monsters)

I used to have demons in my room at night
Desire, despair, desire... SOOO MANY MONSTERS!
Oh but now...
(I don't find myself bouncing home
whistling buttonhole tunes to make me cry)

No more "I love you's"
The language is leaving me
No more "I love you's"
The language is leaving me in silence
No more "I love you's"
Changes are shifting outside the word

(They were being really crazy
They were on the come.
And you know what mummy?
Everybody was being really crazy.
Uh huh. The monsters are crazy.
There are monsters outside.)

No more "I love you's"
The language is leaving me
No more "I love you's"
The language is leaving me in silence
No more "I love you's"
Changes are shifting outside the word

Do be do be do do do oh
Do be do be do do do oh
Outside the word...

No more "I love you's"
The language is leaving me
No more "I love you's"
The language is leaving me in silence
No more "I love you's"
Changes are shifting outside the word

Do be do be do do do oh
Do be do be do do do oh
Outside the word...

No More
Do be do be do do do oh

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os Sete Pecados Capitais

Certo dia um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:

- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.

- Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.

- Eu sou a Preguiça! - responde o homem másculo - Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.

- Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? - indagou a mulher.

- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos, com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.

Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa diz:

- Eu, meus filhos, sou a Luxúria.

- Não é possível! - diz o homem - Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.

- Não há feiúra para a luxúria queridos. Sou velha porque existo a muito tempo entre os homens, sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte.

Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.

Um mau cheiroso homem, vestindo uns maltrapilhos de roupas, que mais parecia um mendigo diz:

- Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria, sou tão antigo quanto a Luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que me apresente, por mais rico que seja sempre vou querer o que não me pertence.

- E eu, sou a Gula.- diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.

Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz:

- Sempre imaginei que a gula seria gorda.

- Isso é o que vocês pensam! - responde ela. - Sou bela e atraente porque se assim não fosse seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar a busca da luxúria.

Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:

- Eu sou a Ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem, nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui.

- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.

- E a grande maioria me tem! - responde o vovô. - Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Mostro-me calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.

- Eu sou a Inveja. Faço parte da história do homem desde sua aparição. - diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.

- Como inveja? Se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja diz a mulher da casa.

- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos, a inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade depende de amor, e isso é o que mais carece na humanidade. Mortes e sofrimento, onde eu estou esta também a Tristeza.

Enquanto os invasores se explicavam, um garoto que aparentava cerca de cinco a seis anos brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos.

- E você garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?

O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:

- Eu sou o Orgulho.

- Orgulho? Mas você é apenas uma criança? Tão inocente como todas as outras.

O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assusta o casal, e ele então disse:

- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?

A Preguiça interrompe a conversa e diz:

- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas.

Queremos uma resposta.

O homem da casa responde:

- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.

Dez minutos depois retornam.

- E então? - pergunta a Gula.

- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.

O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída. Os outros, em silêncio, iam acompanhado o garoto quando homem da casa pergunta:

- Ei! Vocês vão embora também?

O Menino, agora com ar de severo e com a voz forte de um orador experiente diz:

- Escolheram que o Orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha.

Pois onde não há Orgulho não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver não percebendo que na verdade vegetam.

Onde não há orgulho não há Luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores.

Onde não há orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro

Onde não há orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de suas condição e jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.

Onde não há orgulho, não há Ira, pois os irados têm facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.

Onde não há orgulho, não há Inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele qual for, precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança.

Saíram todos sem olhar para trás, e ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto, e o casal desintegrou-se.

Diz a lenda que eles viraram Anjos!

Retirado do site da S.C.A

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O amor, a compreensão e a tolerância como atributos espirituais

Toda interpretação do que é relativo ao espírito é incerta, pode parecer dúbia aos olhos daquele que não acredita, pois a grosseria da matéria limita o espírito e não nos permite enxergar a suavidade do astral e do espiritual, devo mencionar isso, pois durante muitos anos tive essa dúvida em meu coração. Somente por meio da busca por conhecimento e auto conhecimento hoje, eu posso afirmar com o coração leve, crer tudo o que a ciência moderna rejeita à respeito da espiritualismo e do misticismo que todas as religiões, crenças e dogmas possuem.
O amor é uma virtude amplamente conhecida da humanidade, todavia a profundidade do seu verdadeiro significado e amplitude são ignoradas pela maioria das pessoas. A concepção de amor do mundo moderno é limitada às pessoas próximas, aqueles com os quais nos relacionamos diretamente, como nossos familiares, amigos e companheiros, todavia eu sempre admirei o fogo contido na principal lição do grande mestre Jesus, quanto à dimensão verdadeira do amor, da importância do amor incondicional, de amar sem razões, sem proximidade ou ligação alguma, de amar mesmo aos que nos desejam e praticam o mal para nós mesmos ou à aqueles por quem temos afeto. Como quando o Cristo chora pelo sangue Romano derramado, sangue que o perseguia, oprimia o povo e o viria a crucificar.

Acredito todos os grandes avatares da humanidade, cada qual, com seus dogmas, sua linguagem tinha por objetivo transmitir uma única mensagem, um único dogma, uma única verdade, a de que o caminho para a ascensão do ser humano é o amor e a capacidade de amar uns aos outros e também todas as coisas que constituem o universo, pois tudo é manifestação de uma única e primordial vontade.

O verdadeiro amor é misterioso e difícil de ser praticado, pois significa que devemos vencer o orgulho, e inveja, a ira e todas as emoções que fazem do homem prisioneiro da matéria. Para amarmos incondicionalmente devemos vencer aos desejos e vontades e isso requer disciplina, conhecimento e uma grande força de vontade.

Amar incondicionalmente é se aproximar do Divino, é transpor à matéria e vencer a morte é se elevar acima do véu que separa os mundos é ser realmente ciente.

A compreensão e a tolerância são virtudes irmãs do amor, não se pode amar verdadeiramente sendo intolerante ou sem tentar compreender as minúcias do espírito e da emoção humana, o verdadeiro amor é tolerante e compreensivo, porque ele é ciente do razão maior de amar que é essencialmente amar, o verdadeiro amor não é egoísta, não se orgulha de seu amor e não se envaidece, portanto é puro e não se pode macular por chaga não se pode destruir.

Quando conseguimos alcançar esse nível de evolução adquirimos respeito por todas as formas de vida que existem na natureza e entramos em contato direto com o Divino pois tudo o que existe na natureza é uma manifestação do Divino.

A compreensão espiritual, na minha opinião, é virtude praticada muito pelos espíritos mais evoluídos livres da matéria que atuam como auxiliadores nos diversos planos, pois estando estes cientes que os espíritos encarnados não estão de posse do conhecimento e das virtudes maiores devem, ser persistentes em auxiliar no processo de evolução. Também dentre os homens a compreensão é virtude que promove à paz, todavia falta aos homens praticar a tolerância em propósito de compreender e construir uma coexistência pacífica entre os homens de diferentes religiões e diferentes nacionalidades.

Os diversos conflitos que assolam o mundo e que estão presentes na história da humanidade são em sua maioria conseqüência da intolerância de alguma natureza, seja física, religiosa, moral ou econômica, das desigualdades que o homem promove aos seus semelhantes, causando sofrimento e por conseqüência descontentamento e conflitos diversos.

De todos os valores e virtudes talvez a mais importante para a sobrevivência do amor é a tolerância. Em um mundo no qual pouco compreendemos dos mistérios do universo imenso que se abre perante nós, não podemos cometer o erro de nós apegarmos a verdades absolutas e incontestáveis, especialmente quando é notório que tudo nele está em constante movimento. Nada é estacionário, ainda que os movimentos sutis sejam aos nossos olhos mortais tão lentos que possamos ter a impressão de que não exista movimento.

A tolerância promove a união dos homens e a exaltação do arquétipo humano acima da matéria e suas armadilhas, todavia conforme já foi dito, para que possamos praticar essas virtudes, devemos primeiro nos libertar dos vícios mundanos e como forma de exercício para esse objetivo podemos através da caridade e da fraternidade. Nosso espírito se alimenta de força para lutar através da prática da caridade pois ela eleva o coração ao Divino, através da aquisição do conhecimento ele adquire sabedoria para seguir por entre os mistérios do desenvolvimento que cercam o espírito humano.

Todas as três virtudes são de extrema importância para o desabrochar do espírito humano em direção ao Divino, seja como for o nome, que pelo qual nos sentimentos confortáveis em dizer, é por meio da prática e da disciplina que podemos vagarosamente subir em direção a outros planos de evolução de tal maneira que teremos uma concepção totalmente diferente do universo e das coisas que acontecem nele. Da mesma maneira é possível se ver livre da dor e do sofrimento, por meio da compreensão completa do universo

Cleiton Moraes de Melo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Pequeno Príncipe - Le Petit Prince

Le Petit Prince, conhecido como O Principezinho em Portugal e O Pequeno Príncipe no Brasil, é um romance do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo), publicado em 1943 nos Estados Unidos. A princípio, aparentando ser um livro para crianças, tem um grande teor poético e filosófico. É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 a 500 edições. Também se trata da terceira obra literária (sendo a primeira a Bíblia e a segunda o livro o peregrino) mais traduzida no mundo, tendo sido publicado em 160 línguas ou dialetos.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_petit_prince
É uma fonte de sabedoria inesgotável! A cada nova leitura, novas lições se desdobram diantes de nossos olhos, curiosamente os mesmos olhos que leram das primeiras vezes! Uma ótima sugestão para os pais que, queiram preservar um antigo e atualmente perdido costume e valor de ler para seus filhos!

Trecho do livro, diálogo entre o Pequeno Príncipe e as rosas em um canteiro:

Foi o príncipezinho rever as rosas :

"...Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo..."

"...E as rosas estavam desapontadas..."

"...Sois belas, mas vazias, disse ele ainda: Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o para vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa..."

Antonie de Saint-Exúpery - O Pequeno Príncipe
 

Nesse último trecho está clara o ideal do amor que eu tanto venero, ideal de devoção e fidelidade, de responsabilidade e escolha. O jovem príncipe enxerga o destaque da única rosa em seu planeta, pelo tempo e atenção que ele mesmo dedicara à ela. As demais rosas de todo um campo, ainda que fisicamente semelhantes à sua rosa, não foram tratadas, cultivadas por ele, não exigiram dele tempo, paciência, perseverança e dedicação, afeto e amor.
 
Isso é o que realmente tornam as pessoas importantes damas e cavalheiros: O tempo que dedicamos à elas, façamos pelas pessoas hoje o que gostaríamos que elas fizessem por nós mesmos, amar é devoção é estar próximo, estar atendo tomar conta. Ao menos esse é o amor escorpiano que eu compreendo! Amar como o Mestre não é fácil, nem simples, mas podemos começar hoje à praticar o altruísmo de amar e sermos pessoas melhores amanhã e talvez, um dia, existam mais pessoas dispostas à amar em nosso mundo do que pessoas com desejos egoístas que submetem-se à maldade.