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domingo, 21 de dezembro de 2008

E o que resta de ti?

Se não as lembranças que um dia torna-se-ão cinzas de uma paixão egoísta e sem bondade, sem liberdade, acorrentada à erros e dívidas sem respeito algum?

E o que resta desta paixão, encarcero hoje no profundo abismo de minh'alma para que estas cinzas não sejam levadas pelos ventos do esquecimento, para que eu possa, quando fraco, recordar-me do quanto sou audacioso e tolo.

E neste abismo, escuro onde tu não podes penetrar, as águas calmas dos teus lamentos, medos acercam essas cinzas protegem-na de mim mesmo quando perdido eu tentar alcanca-lás amanhã, no momento em que a saudade for mais ardilosa que minhas virtudes.

E minhas virtudes são o cristal reluzente onde estão as cinzas desta paixão, pois não existe virtude sem honra e não existe honra sem respeito e amor próprio.

Destino dos Perpétuos

P.S. O final de semana foi ótimo...!

Cry Baby - Information Society

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Desabafo

Temo pelo futuro das pessoas ao meu redor, cegas e obsoletas, obscuras a luz do sol em gestos mesquinhos e sem propósito, lhes falta caratér e ética, lhes sobra medo, e esse medo as mergulha em oceanos de desafectos, disfarçam sua incompetência em atitudes agressivas e evasivas sem o menor quer um resquício de honra, ineficazes por natureza, mas em todos os níveis a doença se alastra o que torna tudo mais fácil, como um cego se reporta a outro sobre a cor da parede? Honra, dizem que o homem que vive sem disciplina, morre sem honra, todavia os mesmos ignoram a ceifadora perdendo-se em suas ilusões, espero que a cortina do palco não desça breve, pois se o espectáculo se encerra, aqueles que dependem morrerão de fome, pois creio não estar sendo arrogante quando me nego a acreditar que tamanha ociosidade possa sobreviver fora da jaula. Temo pela descendência que será o alicerce de uma sociedade amanhã, pois não possuem suporte, não terão os menores valores e virtudes nobres do ser humano, temo pelas fatalidades que forçam os pequenas fissuras em feridas, temo pelas lágrimas da Grande Vontade.

Destino dos Perpétuos

P.S. Acabei de perceber que o corretor ortográfico ainda não leu a revisão da língua Portuguesa, well neither did I.

Saudade ou Utopia

Saudades de você, cujo nome eu deconheço, saudades de você que observa as luzes dos edifícios e automóveis à noite e se pergunta onde estarei, saudades de ti que percorre as planícies dos sonhos buscando um rosto conhecido, saudades de você que no silêncio do meu quarto, enquanto adormecido estou, sussurra em meu ouvido seus lamentos de amor, saudades de você que viaja em meu pensamento a cada instante, saudades de você, cuja moldura vazia, guarda em minha estante o teu retrato, saudades de você que certamente ouve uma canção no rádio se surpreende pensando em mim, saudades de ti que busca meus braços quando fragilizada, saudades de você que desperta nas manhã de domingo sorridente sentido o aroma do desjejum que preparo, saudades de ti que inspira meus poemas, saudades de ti que zela pelo meu sono, saudades de suas piadas rompendo o tédio do domingo à tarde, saudades de seu ego enobrecido por feridas que não sangram, mas não cicatrizam, saudades de você dançando pelo meio da sala, saudades do seu sorriso gentil, saudades de você que habita minha alma, saudades de você de meias no sofá da sala em uma dia de chuva, saudades de você me envolvendo seus jogos tolos, saudades de você se aconchegando durante o sono, saudades de você divagando em pensamentos, perdida entre Deus e o Diabo, saudades de você em crises de consciência, saudades de você em tardes ensolaradas se queixando do calor, saudades de você preguiçosa em manhãs de inverno, saudades de você empolgada em dias de primavera, saudades de você embriagada em noites de outono, saudades de seu riso solto, saudades do perfume da sua pele preenchendo a casa, saudades dos teus sapatos pelo chão, saudades da sua mão em meu ombro, saudades das luzes da metrópole ao seu lado, saudades do seu tédio, saudades da sua voz solta cantando pelas ruas, saudades do que teria sido ao teu lado, saudades do que nunca fora contigo, saudades do que jamais virá a ser sem ti.

Destino dos Perpétuos