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sexta-feira, 7 de março de 2008

Para a dama dos olhos mais tristes que já conheci

E Cronos nada perdoa, nada poupa, exceto a beleza triste e opaca dos teus olhos, olhos dos quais sempre me lembrarei, você exalta a felicidade, o amor a paixão, mas eu me pergunto se tu as conhece por verdade ou apenas se ilude com o conforto e rotina daquilo que lhe ofertaram como tal...!? Não importa mais, você está distante, fora do alcance de minhas mãos e para sempre imersa no profundo e sereno sepulcro dos teus medos, você foi talvez a última de minhas paixões, me pergunto se o teu medo de amar é maior que o medo de estar só.



A lembrança do teu olhar arde viva em minh'alma, seus olhos buscando compreensão dentro dos meus, naquela noite que se tornou manhã, naquela manhã que se tornou sonho e depois se fez ruinas, recordo-me de nossa única tarde no santuário dos mortos, de ouvir sua voz hesitante, me falar dos teus desejos aflições, de me fascinar com a facilidade com que seus olhos me diziam tudo o que você não fora capaz, de sonhos com teu afeto com teu afago, com sua alma, não existe mérito no amor, somente existe a dor e quando somos capazes de resistir a ela, realmente podemos amar, eu não a amei por certo, tampouco tu o fez, mas o amargo da dúvida ainda me persegue preciosa minha, com que tormento convivo se não sei do que devo me arrepender. Você foi o último dos meus sonhos, você sempre será uma bela recordação.

Destino