Valores Perdidos e o Amor

Tamanha é a distância que estamos dos valores de outrora, que podemos amar e no momento seguinte não mais amar e em pouco tempo amar novamente a outrem? O que é então o amor? Apenas uma palavra, um gracejo carinhoso de se dirigir a alguém querido, alguém que nos supre a carência momentânea? Alguém que cujo corpo nos afaga as noites solitárias? Um troféu talvez? Para que possamos ornar nossa vestimenta de falsa alegria e felicidade? Quanto egoísmo existe em nossos corações que ousamos iludir com o amor ou profanar seu nobre propósito com mera atração física? Sinto na alma como o ego é responsável pelas crueldade mais terríveis, onde sabendo exatamente o local da ferida, rapidamente nos cuidamos de atingir em cheio, onde sabemos que vai doer, e que tolice mais infantil, geralmente o fazemos com aqueles que mais nos fazem bem, mais nos querem bem e nos dão afeto e atenção. O ego ferido é uma besta sem coração que se alimenta de sofrimento e a dor que causa alimenta o ego, que vendo a dor do outro se ergue como um leão, sim como um leão é o ego, repleto de vaidade, causando dor por não ter sido correspondido em seus termos mesquinhos. Mas nada temam os românticos e apaixonados, os platônicos e os tímidos, os puros de coração, porque a Morte não distingue os pecados, o orgulhoso e o vaidoso, enfrentar-se-ao com o tempo e com a velhice e naqueles dias, de nada valerá toda a vaidade e toda beleza ou toda juventude, pois o tempo a nenhuma criatura polpa de suas vicissitudes.

Destino dos Perpétuos
Com o coração em destruído, mas não vencido!

28 de Junho de 2020 - 21:10