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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Feiticeira e o Mago - Parte III

A luz do sol convidava ao frescor da manhã e tão logo vestiu-se a Feiticeira saiu de sua residência nos arredores da cidade, próxima ao início da floresta e caminhou pela clareira, em alguns minutos encontrou o caminho em direção à praça de Untein, aonde certamente, no templo de Santa Sofia, encontraria respostas para o tão enigmático sonho.

A Feiticeira levava uma vida dupla, porém necessária, em troca da descrição dos membros do clero e sua tolerância em não denunciar "certas práticas" à Roma, a Feiticeira mantinha as aparências e como conhecia a região desde sempre, guiava os expedicionários e demais historiadores até as grutas e cavernas da região mais à oeste de Untein, os membros do clero, óbviamente desejavam mais, desejavem possuir a feiticeira e saciar sua volúpia nas curvas sensuais da jovem no entanto ela, sempre se mantivera afastada da cobiça  dos homens e segura do amor de Lovuif, a quem julgava um companheiro, sábio e serene, além de ser o mais alto sacerdote da antiga religião da Grande Deusa nas proximidades de Untein.

O Mago no entanto possuía uma posição mais confortável junto à sociedade local e aos dententores do poder, era  versado em diversos idiomas e em história, seus serviços eram constantemente solicitados tanto pelo clero como pela realeza e sua astúcia lhe conferira à fama formidável de conselheiro à qual tanto os reis da província quanto outros magos procuravam constantemente, também era um sábio, ou assim pensara, não obstante à todo seu conhecimento seu orgulho era seu adversário mais implacável, o acorrentava aos mais mundanos desejos em sua ilusão ele acreditava ser íntegro, quando na verdade todas suas virtudes apontavam para dentro de si mesmo.

Já a Feiticeira era pura e em sua forma mais alva, permita-se confiar nas pessoas somente após muito tempo, empenho e dedicação, deixava-se levar pelo amor egoísta dos homens muitas vezes, no entanto suas mágoas não ancoravam em seu coração por muito tempo, sempre terminara por perdoar aos seus ofensores e cedo ou tarde, tomava iniciativa nas reconciliações, apenas a religião lhe era razão de orgulho, possuia um fervor enorme de seguir à Deusa e acreditava cegamente que suas convicções eram corretas e íntegras, neste ponto seu orgulho não ser diferente do orgulho do Mago

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